segunda-feira, 13 de abril de 2009

Um dia inesquecível

Tem dia em que a melhor coisa a fazer é ficar em casa, mas como não sou milionária, preciso trabalhar. Quantas pessoas ouvimos dizer que quando saem com uma roupa qualquer, acabam encontrando alguém em quem estão de olho há tempos? E nesse dia, sempre estão usando a mesma blusinha da ultima vez em que ambos se viram. Isso é típico, sempre acontece tanto com homens quanto com mulheres e já aconteceu comigo também. Pois bem, dessa vez ocorreu outro fato, eu saí numa determinada manhã e me arrumei como das demais vezes, porém, usei um sapato confortável que gosto tanto, o problema é que o material usado nele tinha cheiro de chulé, então era preciso colocar os pés dentro e só tirar no momento em que voltasse pra casa sã e salva. Pensei com meus botões, só vou trabalhar e não preciso almoçar em nenhum restaurante japonês, ou seja, não vou precisar tirar os sapatos. Só que Murphy já dizia, se algo tiver que dar errado, dará! O sapato sozinho já tinha aquele aroma de chulé, mas como eu disse antes, era confortável e resolvi usar. Bem, no final da tarde encontrei aquele homem que fazia minha cabeça rodar e ele me convidou para tomar um café. Lógico que eu fui, que mal há em tomar um singelo café? Mas papo vai, papo vem, o clima começou a esquentar, rolou a maior química e pronto! Eu tive que recusar o convite ao motel, ele não conseguia entender, mas como eu poderia explicar que estava usando um “queijão” no pé? Alguém pode me explicar?E esse não era o único fator contra mim, eu precisava me depilar pra poder usar uma lingerie sexy. Ou deveria me apresentar de novo, só que de outra forma?- Prazer, sou Monga, a mulher gorila!O fato é que recusei a ida ao motel e fomos embora, cada um pra sua respectiva casa. De que adiantava estar toda socialzinha, perfumadinha, mas não depilada e com um sapato cujo material cheira a chulé por natureza? Depois desse dia fatídico, aguardei dias e mais dias por um novo convite e nada, quando eu até já estava esquecendo esse episódio, eis que toca o telefone, era ele e me convidou para sair, caprichei e o resultado não poderia ter sido melhor. Nosso namoro durou dois anos e eu pude confessar a razão do meu "não" naquele dia. Demos muitas gargalhadas. Hoje, somos amigos e eu o aconselho a compreender se outra mulher disser não, parecendo querer dizer sim.
Sandra

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